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    Coenzima Q10 e a relação com o seu coração.

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    Muitas pessoas gostariam de viver muitos anos e se esforçam para atingir esse objetivo. Alguns fatores são determinantes. Dentre eles encontramos os nossos genes, o ambiente em que nos encontramos e principalmente o nosso estilo de vida. Todos esses fatores, em conjunto, vão determinar ou não o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas como hipertensão, insuficiência cardíaca, doenças isquêmicas do coração, diabetes, doenças reumáticas, doenças renais, doenças neurodegenerativas, entre outras.

    Algumas medidas podem ser adotadas para previnir  o surgimento dessas doenças ou mesmo auxiliar no tratamento quando a doença já tiver se instalado.

    Uma meta-análise de estudos clínicos randomizados publicado pela revista Antioxidants sobre a utilização de Coenzima Q10 demonstrou a sua ação antioxidante e antiinflamatória.

    Dentre as suas funções foram encontradas a capacidade de melhorar o metabolismo celular, diminuir o stress oxidativo e reduzir os níveis de inflamação.

    De acordo com o estudo Q-SYMBIO pessoas com Insuficiência Cardíaca se beneficiaram com o uso de Coenzima Q10 na dosagem de 100mg/dia, 3 vezes ao dia por 2 anos. A taxa de hospitalização por piora do quadro ou morte desses pacientes diminuiu. A avaliação incluiu o exame clínico, ecocardiograma, status da pro-BNP (peptídeo natriurético tipo B) que é um biomarcador relacionado a fração de ejeção do coração e que quantifica a insuficiência cardíaca. A suplementação reduziu em 42% a possibilidade de ocorrer um ataque cardiovascular e em 40% o risco de morte.

    No estudo KISEL-10 a dose suplementada foi de 200mg/dia associada a suplementação de selênio a 200mcg/dia por um período de 05 anos. As avaliações foram realizadas a cada 06 meses e envolviam o exame clínico, ecocardiograma e biomarcadores. A suplementação teve como resultado a redução da pro-BNP, da PCR, da sP-Selectina (marcador inflamatório cardíaco) e dos marcadores de stress oxidativo copeptina e adrenomedulina. A suplementação reduziu a internação hospitalar, melhorou a qualidade de vida, melhorou a função cardíaca demonstrada no ecocardiograma reduzindo, desta maneira, o risco de mortalidade em 53%. Apresentou um papel fundamental na produção de energia celular e melhora na proteção antioxidante no tecido cardíaco. Em pacientes que fazem uso de estatinas a suplementação se faz necessária uma vez que o uso desse tipo de medicamento reduz a produção endógena da Coenzima Q10 pelo fígado.

    Pacientes com diabetes tipo II também se beneficiam com a suplementação da Coenzima Q10, pois foi demonstrado que esses pacientes tem uma perda maior de Coenzima Q10. A suplementação melhorou o controle glicêmico e a sensibilidade a insulina. Houve uma melhora nos níveis de energia utilizada no metabolismo da glicose assim como reduziu os biomarcadores do stress oxidativo levando a uma melhora da função endotelial dos vasos e o fluxo sanguíneo reduzindo o risco cardiovascular.

    O fígado é o principal órgão produtor de Coenzima Q10. Pessoas que possuem alguma doença que comprometa capacidade metabólica do fígado apresenta uma redução na produção da Coenzima levando a um efeito deletério da função cardíaca. Por essa razão se faz necessária a suplementação com o objetivo de reduzir a inflamação e o stress oxidativo protegendo as células hepáticas da ação oxidante dos radicais livres.  

    As informações contidas no site são baseadas em artigos científicos e não pretendem substituir a consulta por profissional da área da saúde.

    Fonte:Mantle, D.; Hargreaves, I. Coenzyme Q10 and Degenerative Disorders Affecting Longevity: An Overview. Antioxidants 20198, 44. https://doi.org/10.3390/antiox8020044

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